A vitória de “O artista” trouxe uma esperança aos brasileiros. Agora que a academia valoriza o cinema mudo, telespectadores sonham com o dia em que as transmissões de futebol e do carnaval também passem a ser sem som de narradores. O esperado Oscar para Carlinhos Brown não veio e o Brasil, assim como o Vasco, foi vice de novo.
A boa surpresa ficou para a premiação de melhor atriz. Dessa vez não deu para Marryl Streep. A publicitária Mariana Gonçalves foi a grande vencedora do Oscar da categoria. Ela garantiu a premiação por uma atuação curta. Em apenas 45 segundos, Mariana ligou para seu chefe e disse que estava doente. Ela, na verdade, estava morta de sono depois de ficar acordada até tarde assistindo ao Oscar. A frase foi tão convincente que ela garantiu a premiação.
Filmes brasileiros que também concorriam amargaram a derrota. Selton Mello estava inconsolável por perder o Oscar de Melhor Curta Metragem por seu palhaço. “Os dez sem dentes”, a saga de dez mendigos paulistanos, não levou. “The Help”, sobre uma boate em Copabana, também não. “A Dama de Ferro”, sobre uma passadeira doméstica, não comoveu. Levou a melhor “O artista”, filme de orçamento baixíssimo. Tão baixo que não tinha dinheiro nem mesmo para ser colorido
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